Projeto Carbono



Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas – Taquari


Informações atualizadas: registry.verra.org/app/projectDetail/VCS/738

O Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas – Taquari está localizado no entorno dos Parques Estadual das Nascentes do rio Taquari (PENT) e Nacional das Emas (PNE), que são áreas protegidas, que desempenham um papel importante para a conservação da biodiversidade na região. O Corredor Emas – Taquari recobre paisagens do Cerrado e do Pantanal, estende-se do sudoeste de Goiás até o centro-norte do Mato Grosso do Sul e possui a mais alta taxa de desmatamento de todo Cerrado, 4,5% de 2002 a 2004. Neste contexto, o projeto pretende reflorestar 588,9 hectares com espécies nativas do Cerrado. No futuro, as áreas privadas serão transformadas em Reserva Legal, de acordo com o artigo 16 do Código Florestal Brasileiro, lei 4.771/65, e também aproveitadas para o uso múltiplo não madereiro, ás áreas reflorestadas no PENT, permanecerão protegidas pelas leis que regem e salvaguardam as Unidades de Conservação (UC).

O Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas – Taquari foi concebido para alinhar estratégias diferentes, a fim de apoiar os aspectos ambientais e sociais, aderindo atividades de reflorestamento, conservação através da conexão de fragmentos remanescentes de Cerrado, combate aos incêndios florestais, capacitação das comunidades locais na gestão sustentável, bem como educação ambiental. O reflorestamento, workshops e cursos de formação serão realizados pela proponente do projeto junto com instituições parceiras.

A combinação de recuperação de áreas degradadas, conservação e compromisso social nas comunidades envolvidas no projeto trazem para a região a possibilidade do surgimento de um novo paradigma em termos de desenvolvimento e geração de renda, reduzindo o uso do fogo como ferramenta de manejo e possibilitando o aproveitamento dos produtos da biodiversidade como alternativa sustentável de geração de renda.

A ausência das atividades do projeto implicaria na redução das possibilidades da comunidade beneficiada pelo projeto em participar na capacitação e difusão de conhecimentos sobre a conservação do Cerrado e uso adequado de seus recursos naturais. Além disso, seriam excluídos dos benefícios o apoio e a formação das brigadas de incêndio local. Na ausência do projeto, o uso e ocupação do solo nas áreas mapeadas para o plantio tendem a manter inalterados seus atuais estoques de biomassa.

O atual modelo de desenvolvimento da região baseado em grandes áreas de monocultura tecnificada, tem levado a região a uma sistemática perda da cobertura vegetal e redução dos estoques de carbono da vegetação e do solo. Além disso, essas atividades contribuem com a emissão de carbono, bem como de outros gases, associados aos fertilizantes e a pecuária. Com impacto direto do projeto, espera-se que o reflorestamento remova da atmosfera em 30 anos cerca de 206.144,60 t CO2e.