Projeto Carbono


Segue abaixo todos que de alguma forma participam do projeto.


Comunidade Buracão


A história da comunidade quilombola do Buracão tem início no século XIX com chegada, na região de Mineiros, de Zé Dica, vindo de Minas Gerais, que adquiriu muitas terras que mais tarde foram divididas entre os filhos. Entre estes havia um filho de criação chamado Romão Gonçalves da Silva, descendente de escravos, que recebeu aproximadamente 1400 alqueires de terras, que hoje formam o Quilombo do Buracão.

O Oréades iniciou uma parceria com as famílias do Buracão em 2006, onde foi realizado um diagnóstico com objetivo de mapear as comunidades tradicionais do Brasil Central. Sendo essa uma oportunidade de conhecer o potencial e as dificuldades dessa comunidade.

O Quilombo do Buracão está a 85 quilômetros do município de Mineiros. Possui uma escola pública, porém desativada. As pessoas que vivem na comunidade utilizam água de nascentes, principalmente do córrego Rio Branco. Não há o oferecimento de energia elétrica para o quilombo.

Ao longo do principal rio da região, o rio Diamantino, encontra-se uma vegetação bem preservada onde existe grande quantidade de animais como quati, cateto, onça, meleto, macaco, paca, cutia, tamanduá bandeira, seriema, araras, bugio, lobo, raposa, jaguatirica e outros. A caça é proibida na região, mas há casos de caça entre os moradores. Há também pontos de pesca na comunidade, especialmente no rio Diamantino e Corgão com grande quantidade de peixes como: junta preta, mandi, matrichã, piau, pacu, cascudo e cari.

A situação fundiária não está regularizada. Os registros das terras estão em nome das primeiras famílias do local. Apesar de ter havido o repasse dessas terras para a atual geração, esse processo não foi acompanhado pelo registro dos novos proprietários, o que confere uma situação irregular a essas propriedades.

O meio de sobrevivência das famílias do Buracão é a roça de subsistência, onde tem sido cultivado a cana, banana, feijão, arroz, guariroba, milho, mandioca e abacaxi. A comunidade ganhou recentemente uma fábrica de farinha, mas não foi instalada por falta de energia.

Com métodos participativos e construção de mapas sobre os problemas mais importantes, foram consideradas pela comunidade as seguintes dificuldades: falta de energia, estradas de chão batido, transporte público, telefone público, agente de saúde que fique da comunidade, atendimento médico e odontológico local, além de melhoria nas casas.

Dessa comunidade, serão incluídas no projeto 10 famílias que esperam fortalecer os costumes tradicionais, o grau de associativismo e fazer com que os jovens tenham oportunidades e criem raízes mais fortes na comunidade.

Diagnóstico Participativo do Quilombo Buracão